sexta-feira, 13 de junho de 2008

A jornada do Herói

A série Dexter conta a história de um herói incomum. Dexter Morgan trabalha como analista de dispersão de sangue no Departamento de Polícia de Miami. Seu trabalho durante o dia é ajudar a policia a solucionar os piores crimes da cidade. Esse trabalho na verdade serve para ocultar sua verdadeira ocupação, a de serial killer, que consiste em matar aqueles que conseguiram escapar da polícia.

Dexter procura fazer justiça com as próprias mãos. Devido a um trauma de infância, ele não podia conter sua terrível vontade de matar. Por isso, seu pai, que era um policial, o ensinou a usar sua vontade para algo mais construtivo como matar as pessoas ruins do mundo. E é exatamente isso que torna Dexter um herói. Apesar de matar pessoas, ele livra o mundo de criminosos perigosos que eram impunes perante a justiça.

Podemos encontrar diversos aspectos da Jornada do Herói na série Dexter. A jornada cíclica acontece em três atos, dois deles estão presentes na série. O primeiro ato: a partida. Ocorre no momento em que o pai de Dexter o convida a usar seus impulsos de matar para o bem. Como todo herói, Dexter sente medo e pensa em recusar, mas em seguida seu pai o convence dando-lhe conselhos. Assim, a jornada de Dexter passa para o segundo e mais importante ato: a iniciação. Nesse momento, o herói parte para suas aventuras de posse de alguma arma mágica e vai ao encontro do inimigo. No caso de Dexter, suas armas são facas, bisturis e serras. Ele vai à procura de algum criminoso.

A principal diferença entre a série Dexter e a Jornada do Herói, é que na série a jornada de Dexter não acaba. Ou seja, não há o terceiro ato que é o retorno, a volta para casa, como ocorre na Jornada do Herói.

A série Life on Mars é a história de um policial que após ter sido atingido por um carro acorda nos anos 70 como um detetive inspetor recém-transferido para mesma estação que trabalhava nos anos 00. Sam Tyler tem que lidar com sua vida acontecendo no passado e ainda desvendar uma série de assassinatos. Durante a série, fica subentendido que essa transição entre presente e passado acontece na mente de Sam, uma vez que, ele se encontra em um coma profundo devido ao acidente.

A jornada de Sam começa no momento em que ele é atropelado. É na hora do acidente que ele recebe o convite para a partida. Sua iniciação acontece porque ele aceita desvendar os assassinatos que estavam ocorrendo naquela época. É nesse momento que algo impele nosso herói em direção a uma busca. Ele soluciona crimes que para os que viviam naquela época pareciam indecifráveis.

A diferença entre a série Life on Mars e a Jornada do Herói é a mesma da série Dexter. Não ocorre o terceiro ato que é o retorno. Sam permanece vivendo sua aventura no passado. O retorno teria acontecido se ele tivesse voltado para sua casa no presente.
Relacionando as duas series entre si, podemos perceber que ambos os heróis são tiras que trabalham para a polícia em áreas investigativas. Dexter e Sam Tyler buscam explicações para os mais terríveis e cruéis assassinatos.

PROJETO 1968- COMPORTAMENTO - A geração da revolução

A livre experimentação das drogas, as garotas de mini-saia, o sexo sem culpa, as pílulas anticoncepcionais, o psicodelismo, o movimento feminista, a defesa dos movimentos homossexuais. Esses são apenas alguns movimentos e ideais liderados pelos jovens em 1968.

A renovação geracional e a modernização econômica se chocavam com uma sociedade ainda dominada pelos valores tradicionais e por uma rígida moral. Esse verdadeiro abismo entre o velho e o novo iria resultar numa explosão repentina, quando milhões de estudantes e trabalhadores paralisaram vários países em maio de 1968.

O movimento tinha como principal objetivo as reivindicações existenciais. Milhões de pessoas se questionavam sobre quem eram, o que queriam fazer, qual era o verdadeiro sentido de suas vidas e até que ponto tinham controle sobre seu próprio destino. Todos esses questionamentos vinham acompanhados de uma liberalização dos costumes: a imprensa feminina passava a tratar da sexualidade e o topless aparecia nas praias de Saint-Tropez. A irreverente e sensual atriz Leila Diniz tornou-se um modelo para uma geração de mulheres que descobria a liberdade sexual.

Poucas das grandes mudanças por que passamos nessas quatro décadas não surgiram naquela época. O reconhecimento dos direitos das mulheres e minorias, o movimento ambientalista, as organizações comunitárias, a valorização dos prazeres, a busca da espiritualidade através da meditação. A geração de 68 atingiu, seu ideal de transformar o mundo.

Nos anos 60, a sociedade francesa também passava por inúmeras transformações culturais. Aqueles anos foram marcados por um rejuvenescimento do país. A multidão dos bebês nascidos no pós-guerra, geração chamada “baby boom”, atingia a maturidade e a juventude ganhava poder um jamais alcançado.

Sufocada pela França dos anos 60, essa nova geração buscava mais liberdade, emancipação e autonomia.

Nessa mesma época, nos Estados Unidos, negros, hippies e estudantes da Nova Esquerda questionaram a “American way of life” e denunciaram a hipocrisia de uma sociedade dominada pelo consumo, o racismo e a paranóia da Guerra Fria.

O ano de 1968 não é só marcante e influente pelos acontecimentos nas ruas e pelos conflitos políticos, mas também pela sua efervescência artística. O rock and roll refletia a frustração e a rebeldia da juventude e se tornava a forma mais popular da música nos Estados Unidos e em várias partes do mundo.

Experimentações eram instigadas pela influência da cultura oriental e dos negros americanos, pelas idéias dos escritores da geração beat dos anos 50, pelo amor livre e pela chamada psicodelia, uma explosão de cores, ritmos e sons, muitas vezes sob o efeito de drogas como o LSD e a maconha. O objetivo era "expandir a consciência”.

Jimi Hendrix, The Doors, Janis Joplin e Grateful Dead fizeram a trilha sonora de uma geração que buscava novas maneiras de viver e amar.

Dor, sofrimento e um único pedido: Justiça (3 pessoa)

Uma parte de suas vidas foi levada e um vazio permaneceu dentro deles depois daquele maio de 2007. O sofrimento e a dor tomaram conta daquela família. Sentimentos que ninguém merece ter. Não existe nada mais doloroso para uma mãe do que enterrar um filho. A funcionária pública Edite Rodrigues da Cunha enterrou a sua filha, Isabela Tainara.

Num final de tarde, Edite ligou para Isabela para saber onde ela estava. Ela disse que voltaria para casa de carona. Em seguida, a ligação caiu. Foi a ultima vez que ela ouviu a voz da filha. Minutos, horas e dias se passaram e Isabela não voltava para casa. A família fez vários cartazes com a foto da jovem e foi à mídia divulgar o desaparecimento. Várias pessoas se sensibilizaram com a situação. Alguns até se mobilizaram com a família e a polícia nas buscas.

Quase dois meses depois, o corpo de Isabela foi encontrado em um matagal em Samambaia. Ela foi estuprada, esganada, decapitada e abandonada no local.

O choque foi tão grande para a família que a avó de Isabela não resistiu. Sofreu um infarto fulminante e faleceu poucos dias após o corpo da neta ter sido encontrado. Quando eles pensavam que o sofrimento tinha atingido o limite, ele se multiplicou. Durante as investigações da Polícia Civil, Israel, irmão de Isabela, foi apontado como suspeito. Nada mais fazia sentido para eles. A filha havia sido assassinada violentamente e o filho era um dos suspeitos.

Meses se passaram e à medida que as investigações avançavam, novas descobertas foram feitas. Este ano, um homem inescrupuloso confessou ter participado do assassinato. Mas parece que ele não cometeu o crime sozinho. Dois outros suspeitos estão foragidos.

A família hoje pede justiça. É o mínimo que podem ter. Ver os assassinos de sua filha presos e pagando pela crueldade que fizeram. Hoje, eles se questionam o que os assassinos ganharam acabando a vida de uma garota que tinha toda uma história pela frente.