A livre experimentação das drogas, as garotas de mini-saia, o sexo sem culpa, as pílulas anticoncepcionais, o psicodelismo, o movimento feminista, a defesa dos movimentos homossexuais. Esses são apenas alguns movimentos e ideais liderados pelos jovens em 1968.
A renovação geracional e a modernização econômica se chocavam com uma sociedade ainda dominada pelos valores tradicionais e por uma rígida moral. Esse verdadeiro abismo entre o velho e o novo iria resultar numa explosão repentina, quando milhões de estudantes e trabalhadores paralisaram vários países em maio de 1968.
O movimento tinha como principal objetivo as reivindicações existenciais. Milhões de pessoas se questionavam sobre quem eram, o que queriam fazer, qual era o verdadeiro sentido de suas vidas e até que ponto tinham controle sobre seu próprio destino. Todos esses questionamentos vinham acompanhados de uma liberalização dos costumes: a imprensa feminina passava a tratar da sexualidade e o topless aparecia nas praias de Saint-Tropez. A irreverente e sensual atriz Leila Diniz tornou-se um modelo para uma geração de mulheres que descobria a liberdade sexual.
Poucas das grandes mudanças por que passamos nessas quatro décadas não surgiram naquela época. O reconhecimento dos direitos das mulheres e minorias, o movimento ambientalista, as organizações comunitárias, a valorização dos prazeres, a busca da espiritualidade através da meditação. A geração de 68 atingiu, seu ideal de transformar o mundo.
Nos anos 60, a sociedade francesa também passava por inúmeras transformações culturais. Aqueles anos foram marcados por um rejuvenescimento do país. A multidão dos bebês nascidos no pós-guerra, geração chamada “baby boom”, atingia a maturidade e a juventude ganhava poder um jamais alcançado.
Sufocada pela França dos anos 60, essa nova geração buscava mais liberdade, emancipação e autonomia.
Nessa mesma época, nos Estados Unidos, negros, hippies e estudantes da Nova Esquerda questionaram a “American way of life” e denunciaram a hipocrisia de uma sociedade dominada pelo consumo, o racismo e a paranóia da Guerra Fria.
O ano de 1968 não é só marcante e influente pelos acontecimentos nas ruas e pelos conflitos políticos, mas também pela sua efervescência artística. O rock and roll refletia a frustração e a rebeldia da juventude e se tornava a forma mais popular da música nos Estados Unidos e em várias partes do mundo.
Experimentações eram instigadas pela influência da cultura oriental e dos negros americanos, pelas idéias dos escritores da geração beat dos anos 50, pelo amor livre e pela chamada psicodelia, uma explosão de cores, ritmos e sons, muitas vezes sob o efeito de drogas como o LSD e a maconha. O objetivo era "expandir a consciência”.
Jimi Hendrix, The Doors, Janis Joplin e Grateful Dead fizeram a trilha sonora de uma geração que buscava novas maneiras de viver e amar.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
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